A classe do craque Masopust

A classe do craque Masopust

Relembre um pouco da carreira do maior jogador tcheco da história

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O céu está mais feliz nesta terça-feira. Mais um gigante do futebol mundial partiu rumo à equipe dos maiores da história nos céus. E ele deve estar dando seus primeiros toques na bola por lá. Em contrapartida, o campo terrestre se entristece e lamenta a morte de Josef Masopust. Nesta segunda feira (29), o grande craque da história da Tchecoslováquia faleceu em Praga, aos 84 anos.

Há duas semanas, Zito, outro mito do futebol, também foi integrar a equipes dos gênios alguns degraus acima. Ambos foram protagonistas da final da Copa do Mundo de 1962, vencida pelo Brasil por 3 a 1. Os dois também marcaram naquela decisão e consagraram de vez seus respectivos nomes na história do desporto rei.

As coincidências não param por aí. A dupla ocupava o mesmo espaço em campo. Zito era um jogador mais defensivo, que carregava o piano de times lendários. Masopust era um atleta que gostava de ter mais liberdade para avançar, mas também tinha o meio-campo como quintal de casa.

Masopust foi eleito o melhor jogador da história da Tchecoslováquia. Comandou o período de ouro do futebol local. Fez parte dos elencos das Copas de 1958 e 1962, sendo vice-campeão na última, além de ter alcançado o terceiro lugar na Eurocopa de 1960.

O craque tcheco Masopust (Foto: Reprodução/mn.cz)
O craque tcheco Masopust (Foto: Reprodução/mn.cz)

Com a camisa 6, formou com Ladislav Novak e Svotopluk Pluskal a espinha dorsal da célebre formação tcheca. Também foi na companhia dos dois que cansou de ganhar títulos pelo Dukla Praga, clube em que é lenda.

No terceiro time de Praga, fez inveja aos grandes Slavia e Sparta. Conquistou oito campeonatos nacionais, além de mais quatro copas locais. O Dukla Praga nunca teve um jogador com tamanha classe e sente saudades até hoje do craque.

Gênio reconhecido por outra lenda do futebol. Ferenc Puskas, o grande jogador da Hungria, afirmou que Masopust fazia tudo: recuperava a bola, tocava, conduzia e aparecia na área. Era um jogador excepcional.

Pela seleção nacional, foram 63 partidas e 10 tentos. Isso sem contar assistências, passes que proporcionaram gols e arrancadas marcadas na história. O meio-campista que desarmava e armava.
Ou seria melhor dizer que ele já construía no desarme? Em tempos de enaltecer meio-campistas com pés de armadores e destruidores, é sempre bom exaltar um dos notáveis dessa clássica posição.

A grandeza do meio-campista foi reconhecida. Em 1962, foi escolhido o melhor jogador europeu pela revista France Football. Reconhecimento pelo trabalho silencioso dentro de campo. Mais um daqueles líderes que se vão para formar a seleção das lendas.

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