Argentina já enfrentou sufocos em outras Eliminatórias; Relembre

Argentina já enfrentou sufocos em outras Eliminatórias; Relembre

Confira os antigos dramas de nossos hermanos para se classificar para a Copa

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Em meio a todo o drama da última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, uma história se destaca. A poderosa Argentina, com toda sua tradição em Mundiais, enfrenta o Equador fora de casa com a corda no pescoço. Um tropeço em Quito pode ser fatal para as pretensões de Messi e companhia, que correm sério risco de ficar de fora da maior festa do futebol pela primeira vez em 48 anos.

O sofrimento parece algo incrustado na alma castelhana, e a Argentina já experimentou esse desespero em outras oportunidades na Eliminatórias. Na maioria das vezes, os hermanos encontraram forças para garantir a vaga, mas o contrário também já ocorreu. Qual será o desfecho hoje? O choro será de alegria ou decepção?

Isso a gente não pode responder ainda. No entanto, podemos relembrar juntos as outras encrencas vividas pelo selecionado albiceleste na fase de qualificação. Confira:

1970 – Eliminação inédita

Argentina, em crise, resolve mandar jogo decisivo contra o Peru em La Bombonera, tentando exercer maior pressão sobre o adversário. O roteiro parece recente, já que ocorreu basicamente a mesma coisa na última rodada das Eliminatórias, mas o fato em questão aconteceu em 1969, valendo a vaga para o Mundial do México.

Os argentinos iniciaram mal a campanha naquela classificação, em um grupo que contava ainda com Peru e Bolívia, oferecendo somente uma vaga. Nas duas primeiras rodadas, duas derrotas (3×1 para os bolivianos e 1×0 para os peruanos), ambas fora de casa. Nos dois jogos seguintes, a Argentina era obrigada a vencer.

Recebendo a Bolívia, um chorado 1×0 deixou as esperanças vivas para o duelo derradeiro contra o Peru de Cubillas na Bombonera. Uma vitória argentina, forçaria o jogo-extra. Recuado, o Peru suportou bem a pressão no primeiro tempo, mas soltou-se deopis.

Aos 25 minutos, Oscar “Cachito” Ramirez abriu o placar para os visitantes. Dez minutos mais tarde a Argentina empatou com Albrecht. O Peru voltaria à frente do marcador, mais uma vez com Cachito. Nos acréscimos, Alberto Rendo conseguiu empatar novamente, mas não foi o suficiente. A Argentina caía nas eliminatórias pela primeira (e até hoje, única) vez em sua história.

1974 – Redenção na Bombonera

Quatro anos depois, a Albiceleste se via envolvida em mais um drama para garantir a vaga. Componente do grupo 2, que ainda contava com Paraguai e Bolívia, o time teria de espantar o fantasma da edição anterior para seguir em frente. E mais uma vez a Bombonera seria o palco da jornada derradeira.

Verdade seja dita, os argentinos faziam campanha convincente naquelas eliminatórias, chegando à última rodada com cinco pontos conquistados em seis possíveis (naquela época a vitória ainda valia dois pontos). Só que o Paraguai tinha exatamente a mesma pontuação e saldo, além de vantagem de um gol marcado.

A situação ficou mais tensa quando Adalberto Escobar abriu o placar para os paraguaios na Bombonera, aos 22 minutos. Os locais precisavam da virada para não caírem pela segunda vez seguida. E ela veio, com dois gols de Ruben Ayala e um de Guerini.

1994 – O rolo compressor cafetero

Caniggia e Batistuta saem desolados após a goleada colombiana (Foto: Reprodução)
Argentinos saem desolados após a goleada colombiana (Foto: Reprodução)

As coisas pareciam bem encaminhadas para a Argentina nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Então vice-campeã mundial, o time entrava na penúltima rodada como líder do grupo, precisando de uma vitória em casa contra o Paraguai para manter-se confortável. Com o empate em 0x0 no Monumental de Nuñez, porém, os argentinos viram a Colômbia se igualar em pontos e inclusive superá-los nos saldo de gols.

A chance de retomar a ponta viria uma semana depois, e mais uma vez o estádio em Buenos Aires ficou lotado na esperança de uma vitória. Ninguém imaginava o que estaria por vir. Em uma das atuações mais surpreendentes da história, a Colômbia simplesmente massacrou os donos da casa, com um 5×0 que ecoa até hoje nos túneis do Monumental. O show de Rincón e Asprilla levou a Colômbia para a Copa.

A Argentina ainda teve que torcer por um tropeço do Paraguai contra o Peru (2×2), para não correr o risco de ficar fora até mesmo da repescagem. No playoff contra a Austrália, dois jogos extremamente truncados. No primeiro, empate por 1×1 em Sydney. Na volta, vaga argentina graças a um gol contra do australiano Alex Tobin.

2010 – Palermo salvador

Lionel Messi em campo e Diego Maradona no banco. Com dois ídolos desse porte trabalhando juntos, a Argentina parecia estar bem servida, mas dentro de campo as coisas não pareciam funcionar tão bem. O esquema montado por Maradona parecia não favorecer muito o jovem Messi, e a situação ficou dramática na penúltima rodada.

Os argentinos se encontravam na quinta posição das Eiminatórias, o que daria vaga à repescagem, e enfrentariam Peru (em casa) e Uruguai (fora) nos dois últimos jogos. Uma vitória contra o Peru era praticamente obrigatória, já que a briga pelos últimos postos era grande e o rival Uruguai era um dos pretendentes.

O Monumental novamente viveu momoentos dramáticos. Higuaín abriu o placar no segundo tempo, mas o Peru empatou com Rengifo aos 44 minutos. Quando tudo parecia perdido, um inesperado salvador sob uma chuva torrencial: Martin Palermo, no alto de seus 37 anos, empurrou para o gol depois de um sofrido bate-rebate. Era o 2×1.

Os detalhes você pode ler em um texto específico do Alambrado sobre esse jogo.

Na partida seguinte, a Argentina iria precisar segurar o Uruguai com pelo menos um empate para se classificar diretamente. O jogo foi cheio de briga como já se esperava, mas os argentinos acabaram levando a melhor, graças a um gol de Bolatti.

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