As 50 promessas do mundo em 2007- Parte II

As 50 promessas do mundo em 2007- Parte II

Saiba como estão as 50 promessas do mundo apontadas pela World Soccer em 2007

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Para prosseguir com o especial dos “50 jogadores mais promissores do mundo” que estampava a capa da revista inglesa World Soccer em 2007, vamos mostrar como estão outras 18 promessas do futebol mundial. A primeira parte você pode conferir aqui.

Nesta segunda parte, jogadores do nível de Toni Kroos, Fellaini. Na mesma lista, atletas carismáticos e folclóricos como Lulinha e Kerlon. Confira aqui no Alambrado onde estas as maiores joias da época.

Fábio – 09/07/1990 – Brasil – Lateral-esquerdo

Onde jogava: Fluminense

Onde está: Cardiff (País de Gales)

Era o novo: Sorín

Fábio era a promessa da lateral brasileira (Foto: Reprodução/soccernostalgia)
Fábio era a promessa da lateral brasileira (Foto: Reprodução/soccernostalgia)

Quando os gêmeos Fábio e Rafael surgiram na base do Fluminense, o futebol brasileiro tinha a certeza da afirmação de dois laterais para o futuro. Com a tradição do Tricolor Carioca em formar grandes laterais na base, o sucesso era questão de tempo. E Fábio era o mais badalado.

A qualidade ofensiva era notável. Tanto que terminou o Sul-Americano Sub-17 de 2007 como vice-artilheiro. Logo, Alex Fergunson o contratou. Seria dele a responsabilidade de resolver a carência da posição no Manchester United.

Porém, toda a técnica e habilidade do jogador nunca foram suficientes para se firmar. Além de ser atrapalhado pelas lesões, não convenceu nas chances recebidas. De “novos irmãos Neville”, a dupla de gêmeos busca ao menos destaque no futebol europeu.

Dumitru Copil – 14/03/1990 – Romênia – Meio-campista

Onde jogava: Heart of Midlothian (Escócia)

Onde está: UTA Arad (Romênia)

Era o novo: Hagi

Copil era o novo Hagi (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Copil era o novo Hagi (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

De tempos em tempos, a Romênia encontra o seu novo Hagi. Ou não. Desde a aposentadoria do maior jogador da história do país, ninguém conseguiu suprir a lacuna deixada pelo meio-campista.

Mutu foi o mais próximo. Em 2007, a aposta era Copil, armador de rara técnica e apontado como sucessor de Hagi.

Após quase se transferir para o Liverpool, fracassou no Heart. Atualmente, disputa a segunda divisão romena pelo UTA Arad. Uma carreira sem brilhos esporádicos. Ao menos, retornou para a sua cidade de origem, Arad.

Fábio Coentrão – 11/03/1988 – Portugal – Lateral-esquerdo

Onde jogava: Benfica (Portugal)

Onde está: Monaco (França)

Era o novo: Robben

O habilidoso meio-campista na época (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
O habilidoso meio-campista na época (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

Com início promissor no Rio Ave, o Benfica logo contratou a grande promessa do meia-esquerda. E foi bem na seleção portuguesa no Mundial Sub-20. Após um período de evolução, chegou ao auge na temporada 2010/11 pelo Benfica.

Contratado por uma “grana” pelo Real Madrid, foi peça importante para Mourinho durante muito tempo. O ofensivo e habilidoso meio-campista virou um lateral defensivo, predileto do treinador português. Atualmente, está no Monaco, sem muito prestígio e amargurando o banco por muitas vezes.

Marouane Fellaini – 22/11/1987 – Bélgica – Meio-campista

Onde jogava: Standard Liege (Bélgica)

Onde está: Manchester United (Inglaterra)

Era o novo: Jan Ceulemans

Fellaini era o gigante belga que prometia na seleção (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Fellaini era o gigante belga que prometia na seleção (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

Quando Fellaini apareceu para o mundo com mais força, nas Olimpíadas de 2008, em Pequim, era visível que aquele meio-campista iria brilhar em um futebol como o inglês. Um mês depois, lá estava ele, prestes a estrear pelo Everton.

E em Liverpool virou ídolo. Foram cinco anos de muita dedicação e gols pelo clube. No alto dos seus 1,94m, Fellaini podia dominar o meio-campo. Fazia todas as posições. Todas muito bem. Chamou a atenção do Manchester United, que pagou mais de R$ 100 milhões pelo jogador. Porém, até o momento, o box-to-box moderno não convenceu.

Guilherme – 22/10/1988 – Brasil – Atacante

Onde jogava: Cruzeiro

Onde está: Corinthians

Era o novo: Geovanni

Guilherme tinha (tem) talento de sobra no ataque (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Guilherme tinha (tem) talento de sobra no ataque (Foto: soccernostalgia.com)

Revelado pelo Cruzeiro e com ótima Copa São Paulo 2007 no currículo, Guilherme apresentava potencial para ser craque. Com uma técnica acentuada, finalização perfeita e capacidade de atuar em várias posições no ataque, logo chamou a atenção da Europa.

Porém, as seguidas lesões e a falta de adaptação à Ucrânia e Rússia não o fizeram evoluir. Na volta ao Brasil, acertou com o Atlético-MG, grande rival da Raposa. E foi lá a grande sequência como titular, ganhando títulos e sendo figura importante na Copa Libertadores. Atualmente no Corinthians, jogará mais no meio-campo pela sua capacidade de criação.

 

Nour Hadhria- 04/09/1990- Tunísia- Meio-campista

Onde jogava: Club Africain (Tunísia)

Onde está: AS Marsa (Tunísia)

Era o novo: Mohamed Ali Mahjoubi

Hadhria era potencial craque (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Hadhria era potencial craque (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

A qualidade técnica apresentada por Hadhria na seleção sub-17 da Tunísia impressionou. Meio-campo de rara dinâmica e técnica, demonstrava uma capacidade de drible impressionante.

Apesar do potencial gigante, não conseguiu emplacar sequência em nenhuma equipe. De grande promessa de futebol mundial ao ostracismo no Al Marsa. Eventualmente, consegue sequência como titular, mas sem brilho.

Rabiu Ibrahim – 15/03/1991 – Nigéria – Meio-campista

Onde jogava: Sporting Lisboa (Portugal)

Onde está: Trencin (Eslováquia)

Era o novo: Okocha

Rabiu Ibrahim era craque no sub-17 (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Rabiu Ibrahim era craque no sub-17 (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

A qualidade inata no drible o fez brilhar no Mundial Sub-17. Técnica, velocidade, ousadia, tudo parecia levar Ibrahim para o grande sucesso. Mesmo um ano mais jovem, ajudou a Nigéria a levar o título da competição.

Entre os profissionais, o sucesso não foi o mesmo. A constante troca de clubes e a falta de destaque em todos eles minaram as chances de explodir na Europa. Atualmente, está no Trencin, da Eslováquia. Apesar de voltar a atuar com frequência, nem de longe lembra o craque do Mundial Sub-17.

Damian Ismodes – 10/03/1989 – Peru – Meio-campista

Onde jogava: Sporting Cristal (Peru)

Onde está: Deportivo Municipal (Peru)

Era o novo: Robinho

Ismodes era a esperança peruana (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Ismodes era a esperança peruana (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

2007 foi o ano de Ismodes. Talvez o único de sua carreira. Ao brilhar no Sul-Americano e Mundial Sub-20 com a seleção peruana, chamou a atenção do Racing Santander. Aos 18 anos, também estreava pela seleção principal de seu país. Um ano de consagração do rápido meio-campista.

A ótima capacidade física aliada à técnica de colocar a bola onde quisesse o colocava como uma das grandes esperanças do futebol local. Qualidade de sobra para fazer um carnaval no Peru. Porém, o tempo se passou e o potencial não foi tão explorado. Atualmente, é o camisa 10 do modesto Deportivo Municipal.

Lorenzo De Silvestri – 23/05/1988 – Itália – Lateral-direito

De Silvestri era o grande lateral defensivo da época (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
De Silvestri era o grande lateral defensivo da época (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

Onde jogava: Lazio (Itália)

Onde está: Sampdoria (Itália)

Era o novo: Nesta

Lateral-direito com vigor físico, ótimo defensivamente e com margem de evolução. De Silvestri era visto na Lazio como sucessor natural de Nesta. Podendo também executar a função de zagueiro, era o lateral perfeito para a seleção italiana.

Vencedor nas seleções de base, De Silvestri era cotado para ser um dos grandes do futebol europeu. Porém, encontrou-se somente na Sampdoria, onde é titular hoje e acumula ótimos jogos.

 

 

Kerlon – 27/01/1988 – Brasil – Atacante

Kerlon era um dos jogadores mais legais de observar em uma partida (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Kerlon era um dos jogadores mais legais de observar em uma partida (Foto: soccernostalgia.com)

Onde jogava: Cruzeiro

Onde está: Villa Nova-MG

Era o novo: Robinho

O excelente jornalista Tim Vickery terminou sua análise com uma pergunta: “Será Kerlon capaz de mostrar seus dribles nos times profissionais ou ficará sendo um jogador de Youtube?”. Ficou com esta questão até hoje. Aos 28 anos, o eterno “foquinha” não conseguiu mostrar o potencial desenvolvido na base.

Para se ter ideia, o jogador não se resumia apenas ao “drible da foca”. No Sul-Americano Sub-17 de 2005, foi artilheiro com oito gols. Ao ser contratado pela Inter de Milão, a expectativa era grande. Porém, sucessivas lesões fizeram o atacante “sumir” do mapa do futebol – chegando a atuar nos Estados e em Malta. Apesar dos problemas, Kerlon tenta se superar e ser a estrela do Villa Nova no Campeonato Mineiro. Um dos jogadores que mais empolgavam os torcedores pode ter sua redenção.

Toni Kroos – 04/01/1990 – Alemanha – Volante

Onde jogava: Bayern de Munique (alemanha)

Onde está: Real Madrid (Real Madrid)

Era o novo: Ballack

Kroos é um dos grandes meio-campistas do futebol hoje (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Kroos é um dos grandes meio-campistas do futebol hoje (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

Kroos fez um Mundial Sub-17 extraordinário. Foi o grande pensador de jogo alemão e líder uma ótima seleção. Qualidade no passe, chute e técnica o diferenciavam dos demais. Era a grande aposta do Bayern de Munique para o futuro.

E se confirmou. Após uma ótima temporada pelo Bayer Leverkusen, voltou cheio de moral ao clube de origem. Foi muito bem pelo time bávaro. Chamou atenção do Real Madrid, logo após o título da Copa do Mundo pela Alemanha, e desembarcou como uma das grandes contratações do futebol europeu. Com certeza, um dos grandes acertos da revista.

Lulinha – 10/04/1990 – Brasil – Atacante

Onde jogava: Corinthians

Onde está: Botafogo

Era o novo: Messi

Lulinha era o artilheiro da base braisleira (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Lulinha era o artilheiro da base braisleira (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

O status de Lulinha em 2007 era dos mais altos possíveis. Artilheiro na base corintiana, na base da seleção brasileira, qualidade técnica. Enfim, era a esperança do Corinthians. E do Brasil. Após marcar 12 gols no Sul-Americano Sub-17 de 2007, era a chance de ser protagonista nos profissionais com apenas 17 anos. Porém, fez parte de um dos piores elencos da história do clube paulista.

O momento turbulento, a falta de evolução entre os profissionais e escolhas erradas podem ter pesado para o craque da base mosqueteira não ter vingado. Quem sabe até um erro de avaliação. O fato é que Lulinha foi uma das lendas das divisões inferiores do país. Até hoje é possível ver a qualidade nos toques do atleta. Aos 25 anos, é possível atuar em bom nível. Pode não ter sido craque, mas ainda é útil.

Sapol Mani – 05/06/1991 – Togo – Meio-campista

Onde jogava: Maranatha (Togo)

Onde está: Dacia Chișinău (Moldávia)

Era o novo: Mohamed Kader Touré

Mani era um jogador muito útil (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Mani era um jogador muito útil (Foto: soccernostalgia.com)

Apareceu para o planeta no Mundial Sub-17 de 2007. Com sua força física e habilidade exacerbada, Mani encantou a todos. Inclusive seus companheiros de futebol de continente o chamaram para um amistoso comemorativo. Entre Adebayor, Essien e Muntari, o jovem demonstrava todo o talento.

Porém, após negociação com o Al Itihad, talvez tenha desperdiçado a chance ir para PSG ou Monaco. Desde lá, sua carreira caiu. Sofreu um acidente automobilístico em 2009, o que pode ter o prejudicado ainda mais. Ficou dois anos sem atuar, mas voltou ano passado para defender o Dacia Chisinau, equipe da Moldávia.

Juan Manuel Mata – 28/04/1988 – Espanha – Meio-campista

Onde jogava: Valencia (Espanha)

Onde está: Manchester United (Inglaterra)

Era o novo: Raul

Mata era o novo Raul (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Mata era o novo Raul (Foto: soccernostalgia.com)

Destaque na base do Real Madrid, Mata demonstrava atributos de jogador completo. Pela Espanha, encantou no Mundial Sub-20 de 2007, desbancando a galáctica seleção brasileira de Pato. Era quase um ponta-direita, insinuante e ousado.

Com o passar do tempo, e conforme a observação da qualidade no passe, passou a recuar e se tornar uma espécie de camisa 10 antigo. A qualidade chamou a atenção do Chelsea – clube no qual levou a Champions League – e do Manchester United, em que se destaca até o momento.

Cristian Nazarith – 13/08/1990 – Colômbia – Atacante

A força de um centroavante (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
A força de um centroavante (Foto: soccernostalgia.com)

Onde jogava: América de Cali (Colômbia)

Onde está: Consadole Sapporo (Japão)

Era o novo: Asprilla

Atacante de bom porte e goleador. Ótimo na jogada aérea e com um chute forte, Nazarith empolgou os colombianos no início da sua trajetória. Sempre presente na área, era dele a responsabilidade do toque final. Contratado pelo Independiente Santa Fé em 2008, em negociação conturbada, virou ídolo da torcida, ao anotar 16 gols em 42 partidas.

Depois, foi para o Chicago Fire, onde não teve destaque. Entre idas e vindas, conseguia sempre ir bem na Colômbia. Há dois anos, transferiu-se para o Japão e se mostra um jogador de boa importância para o futebol asiático. Atualmente, é o centroavante do Consadole Sapporo.

Aaron Niguez – 26/04/1989 – Espanha – Meio-campista

Onde jogava: Valencia (Espanha)

Onde está: Sporting Braga (Portugal)

Era o novo: Mata

Niguez e sua grande qualidade técnica (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)
Niguez e sua grande qualidade técnica (Foto: Reprodução/soccernostalgia.com)

Pretendido por Chelsea, Liverpool e Barcelona à época, a qualidade do ambidestro era notável no Valencia. Nas categorias de base, destacou-se com muita qualidade nas jogadas ofensivas. Qualidade não vista entre os profissionais.

Foram diversos clubes em oito anos, nenhum com grande destaque. Não chegou a disputar partidas com a seleção espanhola principal, apesar da sequência nas equipes de base. Atualmente, tenta jogar no Braga, de Portugal. Ainda não conseguiu ser peça importante do time.

Daniel Opare – 18/10/1990 – Gana – Lateral-direito

Onde jogava: Ashanti (Gana)

Onde está: Augsburg (Alemanha)

Era o novo: Bosingwa

Opare é um bom lateral-direito (Foto: Reprodução/soccernostalgia)
Opare é um bom lateral-direito (Foto: Reprodução/soccernostalgia)

Melhor lateral-direito do Mundial Sub-17 de 2007, Opare faz uma carreira muito digna. Logo após de destacar na competição, foi negociado com o Sfaxien, clube tunisiano. Depois, partiu para o Real Madrid Castilla. Em 2009, conquistou o Mundial Sub-20 com Gana, com a mesma geração que havia sido semifinalista pelo sub-17.

Na principal, disputou uma Copa do Mundo, 2014, e duas Copas Africanas. Atualmente, tenta espaço no Augsburg. Após a Copa em 2014, caiu de rendimento. Quem quiser um lateral com boas qualidades defensivas e ótimo cruzamento, pode contratar Opare. Ainda tem talento para jogar em ótimo nível.

Ransford Osei – 05/12/1990 – Gana – Atacante

Onde jogava: Medeama (Gana)

Onde está: Polokwane City (África do Sul)

Era o novo: Thierry Henry

Ransford Osei é bom de bola. Problema pode ser o extra-campo (Foto: Reprodução/soccernostalgia)
Ransford Osei é bom de bola. Problema pode ser o extra-campo (Foto: Reprodução/soccernostalgia)

Vice-artilheiro do Mundial Sub-17, Osei era o toque de classe no ataque ganês, melhor da competição. Era um atacante incomum. Completo, como ele mesmo desejava ser: “gostaria de cabecear como Kluivert, ter a velocidade de Eto’o e a habilidade de driblar de Henry”.

E o excelente jogador não vingou. Isso mesmo. Após diversos empréstimos – e relativo sucesso em Granada e Twente – não conseguiu sequência em alto nível. Atualmente, tenta algum clube para jogar, após um “destaque” na África do Sul, onde marcou dois gols em três jogos. É dos mais talentosos do futebol ganês.

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