Dodô: O Artilheiro dos Gols Bonitos

Dodô: O Artilheiro dos Gols Bonitos

Ex-atacante completa 42 anos nesta segunda-feira (2); relembre momentos importantes de sua carreira

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Artilheiro em quase todos os clubes por onde passou – e não foram poucos – Dodô completa nesta segunda-feira (2), 42 anos de idade. E merece a devida homenagem. O ex-jogador não é lembrado por títulos, pois foram poucos, mas sim pelos muitos, diversos gols bonitos que fez pelas equipes as quais defendeu ao longo de sua jornada futebolística. Graças a estes gols, ao modo como tratava a bola, ganhou a alcunha de “Artilheiro dos Gols Bonitos”.

Dodô iniciou a carreira no Nacional-SP, onde ficou por cinco anos, marcando 76 gols em 130 partidas, cravando seu nome na história do clube paulistano. Passou rapidamente pelo Fluminense, até chegar ao São Paulo Futebol Clube, em 1995, primeiro grande clube de sua carreira onde ele brilharia.

Ao lado do colombiano Aristizábal, outro grande artilheiro com quem formou uma excelente dupla de ataque, foi artilheiro do Paulistão 97 com 19 gols e do Torneio Rio-São Paulo, com cinco gols marcados. Foi importante na conquista do Campeonato Paulista 98. Graças ao seu desempenho no Tricolor, foi convocado para a seleção brasileira comandada por Zagallo, marcando dois gols em cinco partidas.

São Paulo foi o primeiro grande clube onde Dodô se destacou (Foto: Reprodução)
São Paulo foi o primeiro grande clube onde Dodô se destacou (Foto: Reprodução)

Quando pertencia ao São Paulo, passou rapidamente pelo Paraná em 1996, onde não marcou nem um gol. Voltando para a “atualidade”, acertou com o Santos em 1999, disputando 67 partidas e marcando 33 gols. Na metade do ano de 2001, Dodô deixou o Peixe para jogar pela primeira vez em sua carreira pelo Botafogo-RJ.

Logo em sua primeira passagem, já faria história. Em 2001 o Botafogo brigaria para não cair no Brasileirão, mas Dodô estava lá para evitar o descenso do Fogão. No ano seguinte, por conta de uma crise financeira no clube, era transferido para o Palmeiras, onde faria poucas partidas devido a sucessivas lesões, vendo o Palestra ser rebaixado no Campeonato Brasileiro 2002. O Botafogo também acabou caindo.

Então, Dodô resolveu respirar novos ares e transferiu-se para o futebol asiático. Entre 2003-04 ele defendeu as cores do Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, marcando 33 gols em 62 partidas. Na temporada seguinte, foi para o Oita Trinita, do Japão, sem muito sucesso. Com vontade de retornar ao Brasil, foi contratado pelo Goiás em meados de 2005, mas ficou na reserva do clube Esmeraldino. Desta maneira, transferiu-se para o Botafogo, sendo campeão carioca daquele ano e artilheiro da competição.

Era artilheiro do Brasileirão com nove gols até que uma proposta dos Emirados Árabes o fez deixar novamente o Brasil. Foram poucos jogos pelo Al Ain-UAE até ele retornar ao Glorioso em 2007, onde conquistou a Taça Rio e foi vice do Campeonato Carioca. Em julho deste mesmo ano, foi pego num exame antidoping, sendo suspenso por 120 dias.

Contudo, Dodô acabou entrando com um recurso que o fez ser absolvido por não ter sido considerada a sua culpa. Mas no final de 2007 ele anunciava o fim de sua trajetória no Fogão, rumando para outra equipe carioca. Foram 124 partidas e 90 gols em sua segunda passagem pela Estrela Solitária.

No Botafogo viveu os melhores momentos na carreira (Foto: Reprodução)
No Botafogo viveu os melhores momentos na carreira (Foto: Reprodução)

Foi um dos melhores momentos da carreira de Dodô. Ganhou a Chuteira de Ouro da Placar e foi eleito o Artilheiro do Ano de 2007. No ano seguinte, era contratado pelo Fluminense para a disputa da Libertadores da América. Marcou um verdadeiro golaço na goleada por 6 a 0 sobre o Arsenal de Sarandí-ARG e importantíssimo na vitória sobre o Boca Juniors-ARG nas semifinais da competição.

No entanto, sua situação no Tricolor Carioca não era boa. Problemas internos o fizeram sair do clube em agosto deste mesmo ano. Para piorar, dias depois saiu o resultado do antidoping e o jogador acabou considerado culpado, ficando suspenso até novembro de 2009.

No Fluminense arranjou alguns problemas e não rendeu o esperado (Foto: Reprodução)
No Fluminense arranjou alguns problemas e não rendeu o esperado (Foto: Reprodução)

Depois de muito assédio por parte dos clubes, em dezembro de 2009 Dodô acertava com o Vasco da Gama para 2010, marcando seu retorno ao futebol. Não marcou na estreia, muito menos no segundo jogo, ele desencantou justamente contra seu ex-clube, o Botafogo. Ele marcou três gols na goleada por 6 a 0 em pleno Engenhão. Depois desse jogo, ele ganhou um funk chamado “Dodô é o Poder”.

Mas depois da atuação de gala no clássico seu desempenho caiu. A torcida começou a pegar em seu pé. Ele acabou indo para o banco de reservas, o que deixou claramente insatisfeito. Assim, sem clima algum em São Januário, em junho de 2010, Dodô rompia seu contrato com o Vasco. Foram 28 partidas e 11 gols marcados.

Começou bem no Vasco, mas depois... (Foto: Reprodução)
Começou bem no Vasco, mas depois… (Foto: Reprodução)

Mas poucos dias depois ele acertava com a Portuguesa, para a disputa da Série B do Brasileirão. Ficou menos de um ano no clube, pois em março de 2011 ele rescindia o contrato com a Lusa devido a problemas com o técnico Jorginho.

Então veio o Americana, onde disputou nove partidas e marcou cinco gols. Depois, em 2013, acertou com o Grêmio Osasco, marcando dois gols em seis jogos. Até que no dia 30 de março de 2013 Dodô deixou o Osasco para jogar no Barra da Tijuca, onde disputaria a Série B do Campeonato Carioca. Era o último clube de sua carreira. Foram 39 partidas e 27 gols. O artilheiro se aposentou com 39 anos.

Em toda a carreira, Dodô marcou 406 gols. Após a aposentadoria, o ex-jogador fez um curso de formação de treinadores oferecido pela CBF. Até agora não recebeu nenhuma proposta. Em 2015 chegou a receber proposta para voltar a atuar como jogador no futebol dos Estados Unidos, mas disse não ter recebido uma boa proposta pelo Fort Lauderdale Strikers.

Dodô foi um excelente jogador. De poder de finalização raro, para poucos, e uma habilidade ímpar. Faltaram títulos expressivos, uma ida à Europa, mas nada que diminua seu espaço na história do futebol brasileiro. Parabéns pelos 42 anos, Artilheiro dos Gols Bonitos!

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