Guia do Europeu Sub-17

Guia do Europeu Sub-17

Confira quais as equipes favoritas para levar o campeonato

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Como mostrado em abril aqui no Alambrado, o mês de maio reserva aos amantes do futebol de base o Europeu Sub-17.

Iniciado nesta quarta-feira (06), com a partida entre Espanha e Áustria, a competição define os últimos seis classificados para o Mundial da categoria, que será realizado em setembro, no Chile.

O Europeu sub-17 é realizado na bela Bulgária este ano (Foto: Divulgação/uefa.com)
O Europeu sub-17 é realizado na bela Bulgária este ano (Foto: Divulgação/uefa.com)

A equipe do Alambrado preparou, como prometido, um guia da principal competição europeia para a geração /98. A atual campeã Inglaterra defende o título nesta edição, sediada na Bulgária.

Grupo A

Bulgária

A seleção búlgara tenta acabar com os jejuns de nunca ter disputado um Mundial Sub-17 e de país-sede que não conquista o título – a última mandante campeã foi a Alemanha, em 2009. Embalada pela boa campanha do ano passado no Europeu Sub-19 e pela melhora da seleção principal, a equipe juvenil tenta fazer valer o fator casa e chegar, no mínimo, nas quartas-de-final – igualando a melhor campanha, de 1984.

Nos jogos preparatórios, o time apresentou um bom desempenho e venceu os últimos quatro amistosos (duas vitórias contra a Suíça, além de triunfos contra Turquia e Macedônia). O centroavante Yordanov, do Litex, marcou duas vezes nesta partida.

Outros destaques do setor ofensivo são os atacantes Svetoslav Kovachev, do poderoso Ludogorets Razgrad, e Valentin Yoskov, jogador do Cherno More Varna. Além do camisa 10 e meio-campista Ilyan Stefanov, do Levski Sofia.

Mateo Stamatov, zagueiro do Espanyol, é um dos homens de confiança do treinador Aleksandar Dimitrov para tentar uma vaga para as quartas de final. Missão dura, mas não impossível.

Croácia

A escola conhecida do mundo pela técnica e qualidade com a bola tenta alcançar resultados positivos também nas competições de base. Após a geração /96, do badalado Halilovic, beliscar uma vaga no último Mundial, um novo time tenta manter o ótimo trabalho.

A base para o feito vem da principal equipe do país, o Dinamo Zagreb. São 13 jogadores, entre os 18 convocados, vindos do time da capital. Entre eles, a dupla ofensiva Moro-Lovren. Enquanto o primeiro é o cérebro, o segundo executa com perfeição a função de goleador.

Ao lado deles, Matko Babic. O jogador do modesto Lokomotiva tenta assumir o protagonismo no ataque croata.

Para conquistar o primeiro título da competição, o time de Dario Basic precisará demonstrar uma evolução notável em relação ao time do Elite Round. Ao menos para a passagem de fase, aparece como segundo favorito.

Espanha

Zalazar é a estrela do time espanhol (Foto: Divulgação/Málaga)
Zalazar é a estrela do time espanhol (Foto: Divulgação/Málaga)

Dona de uma das categorias de base mais badaladas do mundo, a Espanha não vive bom momento no Sub-17. Ou melhor, não vivia. Fora da fase final do Europeu desde 2010, quando levou o vice-campeonato, a Fúria é acostumada com conquistas e é a maior detentora de títulos da competição – oito – sendo que o último aconteceu em 2008.

Para acabar com o tabu, o técnico Santi Denia conta com uma geração muito talentosa. Na primeira fase da qualificação, aproveitamento de 100% com grandes atuações do atacante Zalazar do Málaga, pretendido por muitos clubes ingleses.

No Elite Round, idem. Novamente Zalazar, com dois gols, foi o destaque. Mas desta vez, a dificuldade foi maior e a Fúria ficou apenas na segunda colocação, atrás da boa seleção francesa.

Além de Zalazar, o trio Carles Perez, Carles Aleña e Dani Olmo (que atuaram por muito tempo juntos no Barcelona, sequência quebrada pela ida de Olmo ao Dínamo Zagreb) é o que pode decidir as partidas para a Espanha.

O estilo de jogo é parecido com o da seleção principal, ofensivo e muito fluído, e põe a Fúria com uma das favoritas máximas ao título da competição.

Áustria

Assim como a Bulgária, a seleção da Áustria passa por uma reformulação em todas as categorias. No entanto, a seleção vermelha vem em uma evolução maior e coleciona resultados mais satisfatórios nas últimas competições.

Em 2013, a terceira colocação no grupo A garantiu vaga no Mundial da categoria. Com uma geração menos badalada, mas igualmente talentosa, eles buscam novamente uma boa campanha no Europeu.

O time do treinador Manfred Szak conta com os talentosos Oliver Filip, atacante do Red Bull Salzburg, além do já profissional Sandi Lovric, meio-campista do Sturm Graz.

A maior força da equipe é a defesa. Nas fases de qualificação, levou apenas três gols em seis jogos e se sobrepôs aos seus adversários. A receita é essa para surpreender na fase de grupos e buscar uma vaga no Mundial da categoria.

Grupo B

Alemanha

Eggstein e Passlack são nomes de peso do forte time alemão (Foto: Divulgação/DFB)
Eggstein e Passlack são nomes de peso do forte time alemão (Foto: Divulgação/DFB)

Tricampeã europeia Sub-17 e atual campeã Mundial do principal torneio do futebol, a Alemanha está em estado de graça. Junta-se a isso a famigerada categoria de base do país, e pronto: uma equipe invejável é construída.

Mesmo sem a badalação de algumas outras gerações, os jogadores /98 prometem acabar com o jejum de seis anos sem título na categoria. Maior coeficiente da categoria, os alemães entraram automaticamente no Elite Round.

Nesta fase, duas vitórias tranquilas e empate com a Itália. Foi a chance de ver Niklas Schimidt, do Werden Bremen, Johann Eggstein, do Bayern de Munique, e o capitão Félix Passlack, jogador do Borussia Dortmund.

É no trio que o técnico Christian Wuck confia para a conquista de mais uma cereja no grande bolo de festas alemão.

Bélgica

A famosa “ótima geração belga” tem mais um teste para mostrar o seu valor. Alavancada pelas grandes campanhas do Anderlecht em torneios de base, os belgas esperam quebrar o tabu de nunca terem vencido um Europeu Sub-17.

Após uma primeira fase arrasadora, com direito até a primeira colocação em um grupo com a poderosa e arquirrival Holanda, a Bélgica espera encantar com um futebol muito ofensivo e técnico.

Varenbergh, é um dos favoritos á artilharia (Foto: Reprodução/Twitter)
Vaerenbergh, um dos favoritos á artilharia do torneio (Foto: Reprodução/Twitter)

Para isso conta com um dos candidatos a artilheiro da competição, Dennis van Vaerenbergh, do Brugge. Auxiliado por Orel Mangala, do grande Anderlecht, Lennerd Daneels, do holandês PSV, e Ismail Azzaoui, do Tottenham, ele tem tudo para manter a alta média.

Quem comanda essa geração é o ofensivo Bob Browaeys. Certeza de time leve e ousado.

República Tcheca

Com um time 100% nacional, a República Tcheca chega mais uma vez à fase final do Europeu Sub-17.

Muito tradicional, a seleção chega em território búlgaro com uma campanha muito sólida na fase de qualificação. Apoiados no inspirado craque Ondrej Sasinka, fizeram sete pontos no Elite Round, em um grupo que também tinha a boa Escócia.

Václav Cerný, técnico tcheco, deve montar uma equipe mais precavida que aposte nos contra ataques e jogadas criadas por Sasinka. A característica de jogo está definida, basta ver o resultado que isso trará. A briga pela segunda vaga será grande com os belgas e eslovenos.

Eslovênia

Não se engane com a prima pobre do grupo. Apesar de modestos no cenário mundial, os eslovenos contam com uma boa geração /98 e buscam uma classificação inédita para o Mundial da categoria.

A confiança é em uma equipe muito forte defensivamente e na estrela solitária da equipe: Jon Mlakar.

O centroavante da Fiorentina fez oito dos nove gols eslovenos na fase de qualificação e é o artilheiro da competição até agora.

Sem dúvidas, um dos grandes atrativos do Europeu Sub-17. O técnico Igor Benedejčič espera que ele siga marcando e ajude os eslovenos a aprontarem e se classificarem para o Mundial.

Grupo C

França

Tradicional nas categorias de base e também na principal, os franceses ostentam o título de atual campeã mundial Sub-20 – quando teve a contribuição do excelente Pogba.

Na categoria sub-17, o prestígio é um pouco menor. Mas não tanto. Campeões europeus em 2004 – em uma das grandes gerações da história recente do país – e mundiais em 2001, a França não tem uma década tão prolífica.

A história pode mudar nesta edição. Após ótima fase de qualificação – com direito a primeiro lugar na chave que tinha a Espanha -, os franceses demonstram ter capacidade de conquistar o bicampeonato do torneio.

O goleiro Luca Zidane é filho do gênio Zizou (Foto: Divulgação / Real Madrid)
O goleiro Luca Zidane, da França,  é filho do gênio Zizou (Foto: Divulgação / Real Madrid)

A grande atração, além do artilheiro do PSG Odsonne Edouard, é a presença de Luca Zidane, herdeiro do ídolo Zinedine Zidane e que joga curiosamente no gol. O goleiro do Real Madrid chamará muito a atenção em solo búlgaro. Resta saber se será o titular do técnico Jean-Claude Giuntini.

Escócia

Os escoceses buscam nesse Europeu Sub-17 a confirmação de um crescimento constante em seus sistemas mais jovens.

Após ser semifinalista na edição passada, a Escócia traz novamente uma equipe muito forte e que deve ser favorita à segunda vaga de um grupo muito equilibrado. Confiança grande também em Ali Coote.

Atacante do Dundee United, esteve na vitória da Escócia na Victory Shield 2013. Ele pode ser a grande diferença de um grupo muito homogêneo.

O experiente treinador Scot Gemmill sabe que um futuro melhor para a seleção passa por boas campanhas nas categorias de base. Uma outra semifinal consecutiva seria o ideal para esse objetivo ser cumprido.

Grécia

Outra seleção emergente nas categorias de base, a Grécia parece ter achado a forma correta de como investir nas categorias de base. Longe do Europeu Sub-17 há 15 anos, a seleção está de volta ao torneio que era o seu ponto fraco.

E a classificação foi ao melhor estilo Grécia. Cinco pontos no Elite Round e liderança do grupo assegurada somente na última partida. Neste jogo, sufoco no empate em 0 a 0 com a Bielorrúsia e vaga conquistada com muito suor.

Além do bom goleiro Chrysostomos Iakovidis, do Aris, a Grécia conta com o jovem Ioannis Tsingas. Nascido em 1999, um ano mais novo que a maioria dos atletas, ele já atua no Schalke 04 e é uma das coqueluches do futebol local.

É nele que as fichas do técnico Vassilis Georgopoulos estão depositadas para alcançar a segunda fase da competição.

Rússia

Campeã mais surpreendente e menos empolgante dos últimos europeus, a Rússia espera repetir a façanha de 2013, quando foi campeã nos pênaltis em cima da Itália.

E a seleção se baseia novamente em um jogo mais precavido e em uma defesa sólida para carimbar o passaporte para o Mundial da categoria.

No Elite Round, cinco pontos conquistados e muito suor para avançar. As grandes válvulas de escape do time são os meio-campistas Boris Tsygankov, do Spartak Moscou, e Georgi Makhatadze, do Lokomotiv Moscou, autor de três gols na fase de qualificação.

O técnico Mikhail Galaktionov espera contar com os dois muito inspirados para, ao menos, avançar de fase. Quem sabe uma nova campanha como a de 2013 não seja possível? A defesa é muito forte.

Grupo D

Inglaterra

Willock é uma das esperanças do Arsenal e da seleção inglesa (Foto: Divulgação / FA)
Willock é uma das esperanças do Arsenal e da seleção inglesa (Foto: Divulgação / FA)

Ser favorito em um grupo da morte, como é o caso da chave D, é um privilégio para poucas equipes.  A Inglaterra ganhou esse rótulo por merecimento. Atual campeã da categoria, com uma geração espetacular, os ingleses chegam ao Europeu com grandes chances de conseguir o bicampeonato.

A previsão se faz através dos números. Após vencer a Holanda na fase inicial de qualificação e ter 100% de aproveitamento no Elite Round, não há motivos que neguem tal afirmação. Além, é verdade, da qualidade dos jogadores.

Em campo, Willock, atleta do Arsenal, Edwards, do Tottenham, Ugbo, jogador do Chelsea, e Holland, do Everton, são as principais peças de um elenco muito forte. Todos os jogadores são muito bons tecnicamente.

John Peacock pode levar a Inglaterra ao terceiro título na história. A missão de chegar ao Mundial da categoria é outro objetivo importante do treinador.

Itália

O gigante Scamacca (esq.) pode decidir a favor da Itália (Foto: Divulgação/UEFA)
O gigante Scamacca (esq.) pode decidir a favor da Itália (Foto: Divulgação/UEFA)

Já falamos no Alambrado sobre o jejum de títulos da Itália nas categorias de base. Esse tabu aumenta quando se fala em europeu sub-17. A última conquista da Azzurra aconteceu em 1982.

Para voltar a vencer, os italianos apostam em uma geração até mais forte do que a vice-campeã em 2013.

O trio de ataque formado por Cutrone, Locatelli e o gigante Scamacca assusta até as grandes seleções. Muito talento junto que pode render o título para a seleção italiana depois de 33 anos.

Bruno Tedino tem a missão de montar uma equipe equilibrada e que possa passar incólume pelo grupo da morte.

Irlanda

A Irlanda talvez seja uma das seleções mais fracas tecnicamente do torneio. Pior, caiu no grupo da morte. Será que vem goleada por aí?

Apesar da heroica vaga para o Europeu, os irlandeses sabem que passar de fase é praticamente impossível.

A base da seleção joga em clubes ingleses, inclusive o grande jogador do time, o atacante Joshua Barnett.

Goleador do Reading, ele é uma das esperanças do técnico Tom Mohan para fazer ao menos uma campanha digna. Se repetir a seleção principal, a retranca já deve ter começado a ser armada.

Holanda

Atual vice-campeã e dona de um bicampeonato (2011/12) do torneio, a Holanda assume desde o início da competição o papel de protagonista e favorita. Ainda mais com uma geração badalada como a /98.

Dilrosun é estrela do Manchester City e da seleção holandesa (Foto: Divulgação/KNVB)
Dilrosun é estrela do Manchester City e da seleção holandesa (Foto: Divulgação/KNVB)

Com os ótimos atacantes Fernandes, do Feyenoord, e Dilrosun, do Manchester City, além do “craque” Mink Peeters, hoje do Real Madrid, a Holanda tem expectativa de estar novamente em um mundial da categoria.

Além da sempre presente força ofensiva, os holandeses contam com um dos melhores defensores do mundo na categoria. Timothy Fosu-Mensah é uma promessa do Manchester United e líder da seleção.

Maarten Stekelenburg tem tudo para montar um forte time e comandar a seleção rumo a mais uma boa campanha no Europeu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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