Lucas: a hora da verdade chegou?

Lucas: a hora da verdade chegou?

Condições da atual temporada podem consagrar de vez ou ofuscar o brasileiro no PSG e na seleção brasileira.

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Lucas tem a chance de dar um salto em definitivo em sua carreira nesta temporada (Foto: Divulgação)
Lucas tem a chance de dar um salto em definitivo em sua carreira nesta temporada (Foto: Divulgação)

Quando sobrou na Copa São Paulo de 2010, com gols, dribles e muita velocidade, o garoto Marcelinho parecia a nova linhagem Tricolor de ídolos como Raí e Kaká. Embora não se equiparasse no posicionamento e na técnica com os outros dois, as expectativas recaíam sobre sua capacidade de levar um time inteiro nas costas.

Marcelinho virou Lucas, e como quando Dadinho virou Zé Pequeno, o jovem virou craque da noite pro dia. Entre 2011 e 2012, foi a principal referência técnica do São Paulo em campo – o que culminou na conquista da Sul-Americana de 2012, e em uma transferência milionária para o Paris Saint-Germain como futuro superstar.

Três temporadas e meia depois e alguns cabelos a menos, Lucas ainda não chegou lá. Não conseguiu destaque no cenário internacional, e nem mesmo espaço na Seleção Brasileira – esperava-se que o meia-atacante fosse um dos principais nomes do Mundial de 2014. Sequer foi convocado.

Isso, de certa forma, fez bem para sua carreira nacional. Não ficou marcado como os que estavam no desastre do 7 a 1 – algo que aconteceu com Bernard, seu concorrente de posição, que tem poucas chances de voltar a defender a seleção no futuro.

Lucas não esteve na primeira lista de Tite para a seleção, e sabe que a concorrência será dura. Mas sabe também que só depende dele. Sem contar Douglas Costa, a chamada de Taison e Gabigol indica que ainda falta um nome definitivo para a posição.

A dupla esteve bem em seus clubes, mas não são unanimidades no time cebeefiano. O ex-santista, por exemplo, ainda terá a dura missão de se adaptar ao futebol europeu nos próximos meses. Taison precisa driblar o preconceito contra o Shakhtar.

Destacar-se em um clube com a projeção internacional que o Paris Saint-Germain atualmente tem é sinônimo de convocação. Convocação é sinônimo de valorização. E não há oportunidade melhor que a de agora para Lucas deslanchar.

A saída de Ibrahimovic deixou uma clareira aberta no elenco parisiense. E o fato de o xeique não ter trazido outro superstar para seu lugar faz com que as atenções no PSG sejam divididas. Quem chegar, levou.

O terceiro ponto favorável para Lucas é a chegada de Unai Emery. O técnico espanhol sempre foi fã de jogadores velozes, e aparenta confiar no futebol do brasileiro, que foi titular em todos os jogos até aqui – marcou 3 gols e é o artilheiro do time, ao lado do lateral Kurzawa.

Com tantas coisas favoráveis acontecendo, Lucas chegou ao ponto crucial de sua carreira. Pode explodir de vez, como pode também iniciar uma caminhada sem fim para um futuro modesto, longe de badalações – quiçá até para o ostracismo.

No PSG, será ele ou Jesé Rodriguez. Um ano mais novo, o atacante espanhol surgiu como promessa a melhor do mundo, mas sofreu para ganhar espaço entre o trio BBC no Real Madrid. Aceitou sair para mostrar o que sabe, mas ficar na reserva de Lucas deve reduzir e muito suas expectativas. O inverso vale para o brasileiro.

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