Não só de retrancas vive a Irlanda. O gol mágico de Whelan...

Não só de retrancas vive a Irlanda. O gol mágico de Whelan na Euro 1988

Relembre o gol histórico do meio-campista

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A Irlanda não é, tradicionalmente, a seleção do jogo ofensivo. As melhores campanhas de sua história em Copas do Mundo giraram em torno de um futebol conservador e baseado no forte sistema de marcação. Porém, um dos gols mais bonitos da história da Eurocopa teve um irlandês como autor.

Em 1988, na disputa da Euro da Alemanha Ocidental, a seleção irlandesa chegava ao torneio cercada de boa expectativa. Muito em função da presença de uma das melhores gerações do país – comandada pelos ótimos Ray Houghton, Francis Stapleton e Ronnie Whelan.

O último, à época com 26 anos, já se destacava como peça importante do meio-campo do Liverpool, clube em que ficou por 15 anos e foi ídolo. Ele foi o autor de um dos mais belos gols da história da Eurocopa.

Whelan talvez tenha sido um dos grandes jogadores da história da Irlanda (Foto: Reprodução/greenscene.me)
Whelan talvez tenha sido um dos grandes jogadores da história da Irlanda (Foto: Reprodução/greenscene.me)

Era de Whelan a obrigação de marcar e armar no meio-campo irlandês. Não essencialmente de fazer gols. Nas 53 partidas disputadas pela Irlanda, marcou apenas três gols.

Porém, naquela tarde de junho de 1988, em Hannover, ele fez história. Diante da ótima União Soviética, os irlandeses buscavam a segunda vitória consecutiva na competição. No primeiro jogo, a vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra encheu de moral a seleção.

Aos 38 da etapa iniciaç, após cobrança de lateral pela esquerda, Whelan fez o que parecia impossível. Parou no ar e entrou para a história. Como em um flash mágico.

O voleio da entrada da área foi perfeito. Ao arrematar no canto esquerdo do ótimo Dasaev, Whelan entrou para a galeria dos gols mais bonitos da história da Eurocopa.

Nem mesmo o gol de Protasov, na segunda etapa, diminuiu a alegria pelo tento. O empate de 1 a 1 deixava a Irlanda perto da classificação.

Pena para a seleção que, na última rodada, um gol de Kieft, para a Holanda, aos 37 minutos do segundo tempo, acabava com as chances da Irlanda de ir até as semifinais. Os holandeses, posteriormente, conquistariam o título da Europa.

Os irlandeses lamentam até hoje a ausência de Liam Brady, craque da geração. Com o jogador, as chances de classificação seriam ainda maiores, ainda mais tendo em vista o que a seleção fez nas eliminatórias. Que os jogadores da atual equipe se inspirem naquele time e, por que não, repitam o gol de Whelan.

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