Por troféu que lhes falta, River e Central fazem “tira-teima” histórico na...

Por troféu que lhes falta, River e Central fazem “tira-teima” histórico na Copa Argentina

Equipes já rivalizaram em dois campeonatos de pontos corridos, com uma vitória para cada lado

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River e Rosario brigam pelo título e a vaga na próxima Libertadores (Foto: Divulgação/AFA)
River e Rosario brigam pelo título e a vaga na próxima Libertadores (Foto: Divulgação/AFA)

No dia 15 de dezembro River Plate e Rosario Central duelarão pela final da Copa Argentina no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba. A taça representa a obsessão pelo título inédito e a última vaga do país para a próxima edição da Copa Libertadores. Mas também há outras coisas em jogo, como o desempate histórico entre ambos em decisões nacionais.

Embora nunca tenham se encontrado na última fase de torneios de mata-mata, rosarinos e portenhos já rivalizaram diretamente pela glória em duas oportunidades no sistema de pontos corridos. O conjunto do interior levou a melhor em 1973, dentro da casa “millonaria”, enquanto o time da capital conseguiu concretizar a vingança em 1999.

Em 1973, sob o comando de Carlos Timoteo Griguol, os “canallas” do Central buscavam recuperar o trono de campeão perdido dois anos antes, além de encerrar o breve domínio imposto por San Lorenzo e Huracán no futebol local. A tarefa foi complicada, pois havia 30 clubes, divididos em dois grupos iguais, tentando avançar ao quadrangular final.

Em uma chave, San Lorenzo e River Plate garantiram vaga para a fase seguinte com 22 pontos em 15 jogos, levando vantagem nos critérios de desempate contra o Vélez Sarsfield. Na outra zona, coincidentemente, Atlanta e Rosario Central também acumularam 22 pontos, deixando em terceiro lugar o Huracán, campeão do primeiro semestre.

Para definir o novo vencedor, os quatro classificados se enfrentaram em turno único, sempre em campo neutro. O Central bateu o River Plate (3 a 1), o Atlanta (2 a 1) e empatou com o San Lorenzo (1 a 1), conquistando o título no Monumental de Núñez.

Depois do revés na estreia, o Millonario superou o “Corvo” (2 a 1) e ficou na igualdade contra o Atlanta (2 a 2). Assim, os resultados lhe deram apenas o vice-campeonato, e foram necessários longos 26 anos para os donos da casa sentirem o gosto da vingança.

Em 1999, dirigido pelo histórico Ramón Díaz, o River Plate contou com o talento e a inspiração de Javier Saviola e do colombiano Juan Pablo Ángel para celebrar outra volta olímpica, agora diante de seu antigo algoz. Junta, a dupla foi responsável por anotar módicos 26 dos 45 gols da equipe portenha em 19 rodadas – disparado o melhor ataque.

Apesar do poder ofensivo do escrete da capital, a decisão da taça ficou somente para a última rodada. Então quase debutante, Edgardo Bauza emplacou sete vitórias na reta final, mas os “canallas” estavam a três pontos do River Plate, que segurou um empate fora de casa contra o San Lorenzo, por 2 a 2, e sagrou-se campeão.

Agora, o Millonario, vítima de um desmantelamento após o tricampeonato da Libertadores, tenta reencontrar o caminho das vitórias sob a batuta de Marcelo Gallardo. Já o Rosario Central de Eduardo Codet, por sua vez, espera dar fim a um jejum de 29 anos sem troféus nacionais, sofrimento ampliado pelos dois vice-campeonatos seguidos da Copa Argentina nos últimos anos.

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Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, é apreciador do futebol latino, do teor político-social do esporte bretão e também de seu lado histórico.