Grêmio e Lanús tentam derrubar tabus em novo Brasil x Argentina pela...

Grêmio e Lanús tentam derrubar tabus em novo Brasil x Argentina pela Libertadores

Grêmio jamais venceu argentinos em finais de Libertadores; Já o Lanús, nunca ganhou o torneio

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Grêmio Boca Juniors Libertadores 2017
Em 2007, Grêmio perdeu a chance de ser tri da Libertadores para o Boca Juniors (Foto: Reprodução/Conmebol)

Quando Grêmio e Lanús entrarem em campo na noite desta quarta-feira (22), em Porto Alegre, terá início um novo capítulo da rivalidade futebolística de Brasil e Argentina. O duelo marcará a 14ª final entre os países mais vencedores da Copa Libertadores, que é historicamente favorável aos nossos vizinhos quando se trata de disputa por títulos.

No confronto direto, os hermanos levaram a melhor em nove decisões (69,2%). Maior expoente nesse quesito, o Boca Juniors é quem mais enfrentou e também mais derrotou times canarinhos, batendo Cruzeiro (1977), Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007). Os xeneizes só caíram para Santos (1963) e Corinthians (2012).

Em segundo lugar aparece o Independiente, que, das suas sete taças, conquistou duas contra brasileiros. A primeira delas frente ao São Paulo, em 1974, e a segunda diante do Grêmio, em 1984. O Tricolor Gaúcho, aliás, busca uma façanha inédita na jornada rumo ao tricampeonato sudaca: vencer a primeira de suas três finais contra argentinos.

Do lado oposto da margem dos rios Iguaçu e Uruguai, tanto River Plate quanto Newell’s Old Boys nunca puderam levantar uma taça defronte a brasileiros na Libertadores, embora só a tenham disputado uma vez cada. Em 1976, os “Millonarios” foram superados pelo Cruzeiro, enquanto os “Leprosos” sucumbiram para o São Paulo em 1992.

Em contrapartida, os dois únicos invictos nas referidas decisões são Vélez Sarsfield e Corinthians, que jogaram uma única final cada. Em 1994, o time de Liniers levou o cobiçado troféu ao desbancar o São Paulo, atual campeão à época. Já o alvinegro do Parque São Jorge, por sua vez, como mencionado, foi algoz do Boca Juniors em 2012.

Além de Boca (4), Independiente (2) e Vélez (1), o outro argentino que venceu o país adversário na disputa pelo título continental foi o Estudiantes (2), que em 1968 deu a volta olímpica ao superar o Palmeiras e em 2009 obteve a glória sobre o Cruzeiro. Do lado brasuca, vale reforçar, alcançaram a façanha Santos, Cruzeiro, São Paulo e Corinthians.

Para mais do retrospecto negativo, decidir a competição fora, como será em neste ano, também é difícil para os brasileiros. Apenas o Santos de Pelé saiu vitorioso nesse caso, em plena La Bombonera. Por outro lado, cinco taças hermanas vieram em território canarinho (Morumbi – 1994, 2000, 2003, Olímpico – 2007 e Mineirão – 2009).

Se o Lanús pode contar com a mística argentina ao seu lado, o Grêmio pode contar com sua tradição no torneio. O Granate, que nunca faturou a Libertadores, defende a hegemonia do seu país, enquanto o Tricolor, bicampeão, jamais bateu argentinos. Quem você acha que derrubará o jejum na próxima quarta-feira (29), em La Fortaleza?

Relembre abaixo todas as decisões entre Brasil e Argentina na Libertadores:

1) O Santos ganhou as duas partidas que fez contra o Boca Juniors em 1963. Diante de uma multidão presente no Maracanã, venceu por 3×2. Em Buenos Aires, não tomou conhecimento da intimidante La Bombonera e levou o título inédito após triunfo por 2×1.

2) Em decisão de três partidas, o Estudiantes superou o Palmeiras em 1968. O primeiro jogo, em La Plata, acabou 2 a 1 para os anfitriões. Os paulistas igualaram a série com vitória por 3 a 1 em São Paulo. Em Montevidéu, deu Estudiantes: 2×0.

3) Assim como na última decisão de argentinos e brasileiros, o Independiente ganhou a taça em 1974 depois de três jogos. Perdeu por 2×1 o São Paulo, no Pacaembu, reverteu a desvantagem em Avellaneda, por 2×0, e foi campeão em Assunção, por 2×0.

4) Em 1976, o Cruzeiro abriu a final com autoridade ao ganhar por 4 a 1 do River Plate, que contou com o fator casa para fazer 2×1 e forçar o terceiro jogo. Mas o resultado em Santiago acabou favorecendo os mineiros, que celebrou o 3 a 2 do título.

5) Atual campeão, o Cruzeiro mediu forças com o Boca Juniors pelo bi em 1977. Na Argentina, deu a lógica. No Brasil, também. Cada mandante venceu por 1×0. Em Montevidéu, ninguém marcou. Aliás, só nos pênaltis. Deu Boca por 5×4.

6) Em 1984, o Independiente suportou a pressão do Grêmio em Porto Alegre e voltou para Avellaneda com 1×0 na bagagem. Lá, segurou um empate sem gols, conquistando a última de suas sete Libertadores, recorde que ainda nunca foi igualado.

7) O Newell’s Old Boys de Marcelo Bielsa ganhou o primeiro jogo do São Paulo de Telê Santana em 1992, em Rosario, por 1×0, placar devolvido pelo Tricolor no Morumbi. Não havia mais jogo-desempate. Melhor para os paulistas, que fizeram 3×2 nas penalidades.

8) A exemplo do Cruzeiro em 1977, o São Paulo era o atual campeão em 1994 e também chegou à final contra um argentino, o Vélez Sarsfield de Carlos Bianchi. Depois de uma vitória doméstica por 1×0 para cada lado, o Tricolor foi superado nos pênaltis, por 5×3.

9) A final de 2000 foi decidida após dois empates entre Boca Juniors e Palmeiras: 2×2 em Buenos Aires e 0x0 em São Paulo. Novamente, os argentinos levaram a melhor na cobrança de penalidades e saíram com o título no Morumbi após o placar de 4×2.

10) Contra o Santos em 2003, o Boca Juniors foi superior nos dois jogos. Da Bombonera, trouxe a vantagem de 2×0. No Morumbi, registrou 3×1 e fez mais uma vítima.

11) Em 2007, o grande algoz dos brasileiros deu novamente as caras. Quem sofreu foi o Grêmio, que perdeu fora de casa por 3×0 e caiu no Olímpico por 2×0. A maior diferença de placar na história da Libertadores. E o hexacampeonato xeneize.

12) O Cruzeiro voltou à final da Libertadores para um tira-teima histórico contra os argentinos. Depois de uma vitória e uma derrota, acabou perdendo para o Estudiantes no Mineirão, por 2×1, precedido por um empate sem gols em La Plata.

13) A última final entre os dois países ocorreu em 2012 e teve o Corinthians como vencedor diante do Boca Juniors. Em La Bombonera, empate por 1×1, seguido por um triunfo local por 2 a 0 no Pacaembu, encerrando o longo jejum alvinegro no torneio.

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