A geração de ouro de Portugal

A geração de ouro de Portugal

Portugal alcança façanha inédita e vence Europeu Sub-17 e Sub-19 com a mesma geração

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Festa portuguesa na conquista do título (Foto: Reprodução/Instagram)
Festa portuguesa na conquista do título (Foto: Reprodução/Instagram)

“Brade a Europa à terra inteira: Portugal não pereceu”. Longe disso. Pelo menos no que diz respeito aos selecionados de base do país. No último domingo (29), em Seinajoki, na Finlândia, a equipe nacional sub-19 superou a Itália de modo dramático na prorrogação, por 4×3, e faturou o título do Europeu da categoria. Esta é a primeira vez que a mesma geração vence no sub-17 e no sub-19 o principal certame do Velho Continente.

Há dois anos, o time comandado por Hélio Sousa ganhou da Espanha na disputa por pênaltis, em Bacu, no Azerbaijão, e levou o hexacampeonato sub-17. Agora, novamente com Sousa, celebra a primeira conquista sob o novo formato do torneio, que era sub-18 antes de 2002. De quebra, registrou números bastante expressivos: 9 tentos em 2 jogos de mata-mata, recorde absoluto, e 17 gols no total, mais do que qualquer adversário.

Para explicar o grande desempenho ofensivo dos portugueses, basta olhar para a dupla formada pelos atacantes João Filipe e Francisco Trincão, que dividiram a artilharia com cinco gols cada. Inclusive, eles balançaram a rede três vezes na decisão. Mas o grande herói foi Pedro Correia, que, além ter assistido João Filipe no terceiro gol, deu números finais ao embate, concretizando a revanche pelo vice diante da Azzurra em 2003.

Até então, haviam sido três três finais perdidas. A já mencionada contra a Itália (2×0), uma frente a Alemanha (1×0), em 2014, e outra para a Inglaterra (2×1), em 2017. Depois de tanta persistência, enfim a glória. Não sem algumas dificuldades, como as lesões do goleiro Diogo Costa na semifinal e a do meia Miguel Luís no aquecimento para a final, além do próprio jogo em si, contra o único rival que o havia derrotado no Europeu.

De modo geral, porém, a campanha dos jovens de  Hélio Sousa foi tranquila desde a fase qualificatória: 100% de aproveitamento sobre Kosovo (5×0), Eslováquia (1×0) e Irlanda (4×0). Na fase de grupos, duas vitórias de três possíveis: Noruega (3×1) e Finldândia (3×0). Na segunda rodada, queda por 3×2 para a Itália, o que lhe custou a liderança da chave e pôs em sua rota para a final a Ucrânia, que perderia por 5×0.

Além do título inédito, Portugal também garante vaga no Mundial Sub-20 de 2019, na Polônia, no qual o selecionado lusitano acumula duas taças (1989 e 1991), atrás somente de Argentina (6) e Brasil (5), e um vice recente (2011). É nítido que a atual geração possui bons talentos, que correspondem a parte dos anseios e amealham conquistas. Mas isso não é novidade. A indagação fundamental é até onde ela poderá navegar.

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