Impecável, Zâmbia fatura taça inédita da Copa Africana Sub-20

Impecável, Zâmbia fatura taça inédita da Copa Africana Sub-20

Com ataque calibrado e apoio da torcida, Chipolopolo voltará a disputar o Mundial da categoria após 10 anos

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Zâmbia - Copa Africana Sub-20
Zâmbia encerrou breve jejum do país em competições internacionais com título invicto (Fodo: Divulgação/CAF)

No dia 12 de fevereiro de 2012, a Zâmbia fez história ao derrotar a Costa do Marfim e faturar seu primeiro título da Copa Africana. A proeza ocorreu quase 19 anos depois da tragédia aérea que vitimou 18 jogadores do selecionado Chipolopolo, nas proximidades do litoral do Gabão – justamente o palco da consagração zambiana, por capricho do destino.

Desde a emocionante vitória nos pênaltis, contudo, a equipe nacional não tem tido motivos para celebrar. Nas duas edições seguintes do torneio continental, realizadas em 2013 e 2015, caiu ainda na fase de grupos. Em 2017, para piorar, sequer passou das eliminatórias – estava no mesmo grupo da surpreendente e debutante Guiné-Bissau.

A Zâmbia não tinha motivos para comemorar, aliás, até o último domingo (12). Sede da Copa Africana Sub-20, a equipe treinada pelo local Beston Chambeshi bateu Senegal por 2 a 0, no Estádio Heróis Nacionais, em Lusaka, e conquistou o título inédito. De quebra, o país voltará a disputar o Mundial da categoria depois de 10 anos de ausência.

O desempenho dos Chipolopolos em solo caseiro foi irrepreensível, com 5 vitórias em 5 jogos, 13 gols feitos e 2 sofridos (melhor ataque e defesa). Na fase de grupos, triunfo sobre Guiné (1 a 0), goleada diante de Mali (6 a 1) e virada para cima do tetracampeão Egito (3 a 1). Na semifinal, conseguiu eliminar a África do Sul na prorrogação (1 a 0).

Patson Daka - Zâmbia
Patson Daka, 18 anos, foi eleito o melhor jogador do torneio (Foto: Divulgação/CAF)

Destaques, os atacantes zambianos Edward Chilufya e Patson Daka foram artilheiros do torneio com quatro tentos cada, ao lado do sul-africano Luther Singh.

O também atacante zambiano Fashion Sakala aparece logo na sequência, com três gols. Combinado, o trio fez 11 dos 13 gols do país no torneio. Poderio ofensivo que impressiona.

No Mundial que será realizado na Coreia do Sul, entre 20 de maio e 11 de junho, os jovens orientados por Chambeshi terão grandes desafios pela frente. Um deles é ultrapassar as oitavas de final, melhor marca do país na competição (2007). Outro é repetir a façanha de Gana (2009) e tornar-se o segundo africano a ganhar o torneio.

A concorrência é forte. Inglaterra, Uruguai e França surgem entre os favoritos. Quanto às surpresas, podem se destacar México e Estados Unidos, além de Guiné e da própria Zâmbia. Também estão na disputa seleções como Argentina, Alemanha, Itália e Portugal. De qualquer forma, os zambianos prometem dar trabalho. Resta esperar para ver.

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Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, é apreciador do futebol latino, do teor político-social do esporte bretão e também de seu lado histórico.